Por Jorge Antonio Barros
A nova peste em três questões:
1) Crack é coisa de pobre?
Como é uma forma impura de cocaína, é mais barata, e seu preço final acabou atraindo o consumidor mais pobre. No Rio, um grama de crack custa entre R$ 5 e R$ 10, enquanto que um grama de cocaína, uns R$ 20. “O crack significa a possibilidade de acesso à cocaína pelos mais pobres”, observa Luís Flávio Sapori, da PUC-Minas e organizador do livro “Crack, um desafio”.
Mas o usuário de cocaína, atrás de droga mais pesada, começa a usar o crack, cujo efeito é mais rápido e mais devastador. Inalada, a fumaça da pedra chega ao sistema nervoso central em dez segundos. “A parte mais visível é a dos usuários pobres, mas já tenho pacientes de classe média, como médicos, jornalistas e juízes”, conta uma autoridade no assunto, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas.
Ele diz que internação involuntária de usuários de crack já é realidade na classe média: “A família do usuário não vai ficar discutindo o sexo dos anjos e deixá-lo morrer.”
2)Por que não existe cracolândia em Nova York ou em Paris?
Como são cidades de países desenvolvidos, a cocaína vence o crack na preferência dos usuários com mais poder aquisitivo. Mas, em Nova York, diferentemente de Paris, o crack foi uma droga muito consumida entre 1980 e 1995. “Os efeitos na saúde pública e na violência urbana foram grandes lá”, lembra o Sapori.
Aliás, o prefeito de Washington, Marion Barry, foi preso por uso da droga, em 1990.
Para Laranjeira, a epidemia de crack nos EUA foi controlada porque houve uma agenda específica, e a legislação chegou a ser 117 vezes mais rigorosa no controle ao crack, do que com a cocaína.
3)Crack tem cura?
Tem.
“O tratamento é possível desde que se combine um período de desintoxicação com posterior internação em comunidade terapêutica ou mesmo tratamento ambulatorial”, afirma Luís Sapori.
Ronaldo Laranjeira diz ainda que a dependência química provocada pelo crack “é uma doença complexa que requer um tratamento compatível”.
Um paciente numa clínica particular pode custar à família cerca de R$ 15 mil por mês durante um ano.
A nova peste em três questões:
1) Crack é coisa de pobre?
Como é uma forma impura de cocaína, é mais barata, e seu preço final acabou atraindo o consumidor mais pobre. No Rio, um grama de crack custa entre R$ 5 e R$ 10, enquanto que um grama de cocaína, uns R$ 20. “O crack significa a possibilidade de acesso à cocaína pelos mais pobres”, observa Luís Flávio Sapori, da PUC-Minas e organizador do livro “Crack, um desafio”.
Mas o usuário de cocaína, atrás de droga mais pesada, começa a usar o crack, cujo efeito é mais rápido e mais devastador. Inalada, a fumaça da pedra chega ao sistema nervoso central em dez segundos. “A parte mais visível é a dos usuários pobres, mas já tenho pacientes de classe média, como médicos, jornalistas e juízes”, conta uma autoridade no assunto, o psiquiatra Ronaldo Laranjeira, diretor do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas do Álcool e outras Drogas.
Ele diz que internação involuntária de usuários de crack já é realidade na classe média: “A família do usuário não vai ficar discutindo o sexo dos anjos e deixá-lo morrer.”
2)Por que não existe cracolândia em Nova York ou em Paris?
Como são cidades de países desenvolvidos, a cocaína vence o crack na preferência dos usuários com mais poder aquisitivo. Mas, em Nova York, diferentemente de Paris, o crack foi uma droga muito consumida entre 1980 e 1995. “Os efeitos na saúde pública e na violência urbana foram grandes lá”, lembra o Sapori.
Aliás, o prefeito de Washington, Marion Barry, foi preso por uso da droga, em 1990.
Para Laranjeira, a epidemia de crack nos EUA foi controlada porque houve uma agenda específica, e a legislação chegou a ser 117 vezes mais rigorosa no controle ao crack, do que com a cocaína.
3)Crack tem cura?
Tem.
“O tratamento é possível desde que se combine um período de desintoxicação com posterior internação em comunidade terapêutica ou mesmo tratamento ambulatorial”, afirma Luís Sapori.
Ronaldo Laranjeira diz ainda que a dependência química provocada pelo crack “é uma doença complexa que requer um tratamento compatível”.
Um paciente numa clínica particular pode custar à família cerca de R$ 15 mil por mês durante um ano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário