História Santo Expedito foi martirizado na Armênia. Ele era militar, foi decapitado no dia 19 de abril de 303, sob o imperador Dioclesiano, que subira ao trono de Roma em 284.
Ele levava uma vida devassa; mas um dia, tocado pela graça de Deus, resolveu mudar de vida. Foi então que lhe apareceu o Espírito do mal, em forma de corvo, e lhe segredou "cras....! cras....! cras....!" palavra latina que quer dizer: amanhã...! amanhã...! amanhã...!, isto é deixe para amanhã! Não tenha pressa! Adie sua conversão!Mas Santo Expedito, pisoteando o corvo, esmagou-o, gritando: HODIE! Quer dizer: HOJE! Nada de protelações! É pra já![Image]
É por isto que o Santo Expedito é invocado nos casos que exige solução imediata, nos negócios em que qualquer demora poderia causar prejuízo.No Brasil, sobretudo, Santo Expedito é invocado nos negócios e dificuldades da vida. Conhecido como "o santo das causas urgentes".Santo Expedito não adia seu auxílio para amanhã.
Ele atende sua ajuda hoje mesmo, ou na hora em que precisamos de sua ajuda. Mas ele espera que também nós não deixemos para amanhã nossa conversão.
A tradição apresenta Santo Expedito como sendo o chefe da 12ª Legião Romana, cognominada "Fulminante": nome dado em memória de uma façanha que se tornou célebre. Essa legião localizava-se em Melitene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. Era formanda em sua maioria por soldados cristãos, sendo sua função primordial defender as fronteiras orientais contra os ataques dos bárbaros asiáticos.Santo Expedito destacou-se no comando dessa legião por suas virtudes de cristão e de chefe ligado a sua religião, a seu dever, à ordem e à disciplina.
Origem histórica:Mártir de Metilene, é pouco conhecido dos historiadores, mas sua existência é certa.Santo Expedito, segundo a tradição, era armênio, não se conhecendo o lugar de seu nascimento, mas parece provável que seja Metilene, localidade onde sofreu seu martírio.
A Armênia é uma região da Ásia Ocidental, situada ao Sul do Cálcaso, entre o Mar Negro e o Mar Cáspio, nas margens dos Rios Tigre e Eufrates.
Essa região foi sempre considerada uma terra de predileção. Aliás, pelo testemunho da Sagrada Escritura, foi sobre as montanhas armênias do Ararat que a Arca de Noé pousou quando as águas do dilúvio baixaram (Gênesis, 8.5). A Armênia foi uma das primeiras regiões a receber a pregação dos apóstolos Judas Tadeu, Simão e Batolomeu, mas também local de inúmeras perseguições aos cristãos. Essa região foi regada com o sangue de muitos mártires, entre eles Santo Expedito.
Sua cidade natal (com toda probabilidade) não passa hoje de uma pequena localidade chamada Melatia, cidade construída no século II pelo imperador romano Trajano.
A partir de Marco Antonio, tornou-se residência da 12ª Legião, conhecida como "Fulminante", cuja missão era defender o império romano dos bárbaros asiáticos. Hoje Metilene é uma cidade mística e simples, onde sua população vive em calma, longe das agitações políticas.
Além de Santo Expedito, que foi levado à morte a 19 de Abril de 303, sob o poder de Deocleciano, lá veneram-se outros Santos mártires, entre eles: São Polieucto, outro oficial do exército romano que foi martirizado no século III.
Deocleciano subiu ao trono de Roma em 284. Por seu ambiente e por seu caráter, parecia oferecer aos cristãos garantias de benevolência, pois havia em seu palácio a liberdade de religião, sendo, inclusive, sua esposa Prisca e sua filha Valéria, cristãs, ou ao menos, catecumenas.
Sob influências de Galero, seu genro, pagão convicto, determinou a perseguição dos cristãos, ordenando a destruição de igrejas e livros sagrados, a cessação das assembléias cristãs e a abjuração de todos os cristãos. Galero, sempre incitado por sua mãe, também pagã, queria abolir para sempre o Cristianismo e através de insinuações maldosas e hábeis calúnias, fez crer a Deocleciano, que o cristianismo conspirava de várias formas contra a augusta pessoa do imperador.
Deocleciano, então, empreendeu a exterminação sistemática dos cristãos, envolvendo, inclusive, os membros de sua própria família e os servidores de seu palácio. Foi uma hecatombe sangrenta: oficiais, magistrados, o bispo da Nicomédia (Antino), padres, diáconos, simples fiéis foram assassinados ou afogados em massa.
Somente em 324, com a retomada da autoridade do imperador cristão Constantino, foi que tiveram fim as terríveis perseguições que durante três séculos tinham ensanguentado a Igreja.
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O GuerreiroVoltando à história de Santo Expedito, a tradição refere-se que ele era chefe da 12ª Legião Romana, cognominada "Fulminante", estabelecida em Metilene, sede de uma das províncias romanas da Armênia. "Fulminante" lhe havia sido dado em memória de uma façanha que se tornou célebre.
Durante uma campanha da Germânia, na região dos Quades, no nordeste da Hungria atual, o imperador Marco Aurélio foi cercado pelos bárbaros, ficando sem água e provimentos. Marco Aurélio orou como lhe ensinava sua filosofia e fez com que fossem feitos encantamentos pelos mágicos, companheiros indispensáveis, à época, dos exércitos.
A 12ª Legião, recrutada no Distrito de Metilene, na Capadócia, formada em grande parte por soldados cristãos, reuniram seus soldados fora do campo, onde ajoelharam-se e oraram ao verdadeiro Deus.[Image]
Esses milhares de homens em oraçào e com os braços abertos formaram um espetáculo tão estranho que os inimigos pararam surpresos. Uma chuva abundante se pôs a cair, foi quando os soldados romanos saciaram sua sede e fizeram o inimigo recuar. Depois, caíram raios e granizos sob os bárbaros, com tal violência, que os mesmos debandaram em pânico. Como se vê, Santo Expedito estava à testa de uma das mais gloriosas legiões, composta, em grande parte, por soldados cristãos.
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O Soldado CristãoMas a história que documenta as façanhas desta legião, infelizmente, é bastante sóbria em detalhes da vida de seus chefes. Ela nada nos diz sobre Santo Expedito. Podemos supor que ele distinguiu seu comando pelas virtudes de cristão e de chefe ligados à sua religião, à seu dever, à ordem e à disciplina, dando, em todas as circunstâncias, o exemplo das mais belas virtudes.
O ardor bastante conhecido do generoso soldado Expedito e sua situação de chefe de legião, chamou a atenção de Deocleciano, quando as perseguições começaram em Metilene. Entre muitos que já haviam pago com a vida estavam: Maurício, outro chefe de legião, Marcelo, centurião romano e Sebastião, tribuno da guarda pretoriana, hoje conhecido como São Sebastião. Sendo assim, Expedito e seus companheiros de armas, cheios de admiração pelo capitão Sebastião, deveriam ter prometido imitar sua conduta, devendo crer, inclusive, que teriam que sofrer a mesma sorte, quando das perseguições cristãs, enfrentando a morte a ter que renunciar sua fé.
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Martírio e morteNada se sabe sobre as circunstâncias que acompanharam os últimos instantes de Santo Expedito.
Podemos supor que ele também foi sacrificado por recursos do império. Sabe-se que era concedido ao cidadão romano o privilégio de somente perecer pela espada. São Paulo, por ser cidadão romano, foi beneficiado por essa lei e teve a cabeça cortada, já São Pedro, que era judeu, foi crucificado. Quando se tratava de um soldado do exército romano, antes da decapitação, ele deveria sofrer o suplício da flagelação.
Assim também ocorreu com Santo Expedito, depois de ser flagelado até derramar sangue, teve a cabeça decepada. Era o dia 13, das calendas de Maio, isto é, 19 de Abril de 303. Assim afirmam os martinólogos da época.
Outros cristãos pereceram com ele do mesmo modo, supondo-se serem seus companheiros de armas. São os mártires: Hermógenes, Caio, Aristônio, Rufo e Gálatas. Nada mais podemos adiantar sobre o martírio de Santo Expedito, pois a história silencia a esse respeito.
Pouco importa. A única conclusão é que Santo Expedito, chefe da 12ª Legião, era seguramente uma alma de fé muito grande, pois preferiu perder sua situação e até sua vida a renunciar à sua religião.
Não se sabe o que foi feito do corpo do heróico mártir. Piedosas mãos devem tê-lo sepultado em local hoje desconhecido.
Sua lembrança, ao contrário, ficou guardada na memória dos cristãos e os primeiros escritores eclesiásticos puderam escrever seu nome entre os que tinham derramado seu sangue pela fé.
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[Image]O culto a Santo Expedito e seus símbolosSeu culto se estabeleceu em sua pátria, transpondo o Oriente e passou para a Alemanha meridional. De lá se espalhou pela Itália, sobretudo na Sicília, na Espanha e difundiu-se pela França e Bélgica. Em várias igrejas do mundo apresentam-se estátuas representando Santo Expedito, com traje legionário, vestindo uma túnica curta e um manto jogado militarmente atrás das espáduas, tendo postura marcial. Em uma mão segura uma palma e na outra uma cruz.
Sua atitude é de um homem pronto para a ação. É nesta postura, cheia de entusiasmo e generosidade, que os fiéis viram o defensor e patrono das "Causas Urgentes".
A piedade popular, sempre confiante, tem dessas invenções, que não se podem censurar. Dentre as porções de insígnias simbólicas que a Idade Média adotou à estátua, o Santo, ainda hoje, calca com seu pé um corvo que se consome a lançar seu grito habitual: "Crás" (palavra latina que siginifica "Amanhã"). Mas "Crás" denota a dilatação, o deixar para o dia seguinte ou mais tarde, tudo o que se deve cumprir imediatamente. Assim, Santo Expedito, esmagando a ave fatalmente, lhe responde com a cruz que segura na mão direita e que leva uma única palavra: "Hodie!" (que significa: "Hoje"), exprimindo, assim, sua vontade de lançar fora qualquer retardamento ou hesitação no cumprimento da tentação, que como sugere, adiar para o dia seguinte. A piedade popular vê neste símbolo, a prontidão com que Santo Expedito quer acolher as preces dos fiéis que recorrem a sua intercessão, daí ser título de patrono das "Causas Urgentes".
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O nome de Santo ExpeditoTodos os historiadores estão de acordo na fixação da época e local em que Santo Expedito morreu pela fé. Mas tal não acontece quando se trata de seu nome e da significação que convém dar-lhe.
Aliás pode-se indagar se trata-se de um nome propriamente dito ou de um apelido ligado, seja à sua pessoa, ou mesmo a toda a legião de que era o chefe.As opiniões diferem. Primeiramente é conveniente ressaltar que havia no exército romano duas espécies de soldados: o "expeditus" e o "impeditus".[Image]
O "expeditus" era assim chamado porque tinha um armamento leve e desembaraçado de toda a carga de que era encarregado o "impeditus". Toda uma parte da milícia (os "expediti"), levemente equipada, podia à primeira ordem, entregar-se à defesa do território. Os "expediti" formavam, assim, um corpo inteiro ao qual teria pertencido Santo expedito. Uma pura coincidência teria favorecido o relacionamento do nome do Santo com o das tropas que ele comandava. Neste caso, "Expeditus" ter-se-ia em seguida tornado um nome próprio. É uma primeira interpretação.Mas a opinião mais difundida e que repousa sobre outros casos semelhantes, freqüentes em todas as regiões e em todas as línguas, acha que "Expedito" ter-se-ia tornado o nome do Santo, porque lhe teria sido dado como apelido exprimindo perfeitamente o traço dominante de seu caráter: a presteza e a prontidão com que agia e se portava então no cumprimento de seu dever de estado e, também, na defesa da religião que professava. Era assim que os romanos davam freqüentemente a certas pessoas um apelido, que designava quer um traço de seus caráter ("Felix": Feliz; "Constans": Constante), quer o lugar que ocupavam entre os filhos de uma mesma família ("Primus": Primeiro; "Sextus": Sexto; "Octavus": Oitavo); até a cor de seus cabelos ("Rufus": Ruivo; "Niger": Negro) etc. Este apelido acabava por designá-los nominalmente, do mesmo modo que em português temos sobrenomes como: Russo, Negro, Branco, Castanho, Grande, Pequeno e até Raposo, Coelho, Leitão, etc.).
Este nome, qualquer que seja a origem de sua significação, é suficiente para fazer reconhecê-lo. O nome condiz, em todo o caso, com a generosidade e com o ardor de seu caráter, que fizeram dele um mártir.Seguramente Santo Expedito é um Santo que podemos invocar com toda confiança nos "casos urgentes", sendo numerosas as graças obtidas por intercessão nessas circunstâncias.
Mas não devemos esquecer que o melhor culto que podemos tributar-lhe não é somente invocá-lo nos "casos urgentes", e sim imitá-lo na prática generosa da virtude e do cumprimento fiel de todas os deveres do nosso estado.
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