Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.
Diz a lenda que em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais, pois ela queria homenagear seu próprio pai.
Sonora, que já era adulta decidiu então, em 1910 enviar uma petição à Associação Ministerial de Spokane, uma pequena cidade americana e lançou, simultaneamente, uma campanha com o apoio da Entidade de Jovens Cristãos da cidade, que durou até ela ganhar a causa.
Assim, em homenagem ao pai de Sonora, o primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, data do aniversário de seu pai. A partir daí a comemoração se espalhou da cidade de Spokane para todo o estado de Washington.
Em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a ideia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais.
Quem trouxe o conceito do Dia dos Pais para o Brasil foi o publicitário Sylvio Bhering, e o dia foi festejado pela primeira vez em um 14 de agosto, assim como hoje, só que em 1953.
A data foi “ajustada” para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, quando todos fazem uma comemoração especial.
DIA DOS PAIS, TEMPO PARA FILHOS, por MARIA RITA LEMOS
Conta a lenda que, certa vez, um pai chegou do trabalho tarde, cansado e irritado, quando seu filho de 5 anos perguntou:
- Pai, quanto você ganha por hora de trabalho?
- Mais ou menos oito reais por hora, se considerar o salário mensal. Mas por que essa pergunta?
- Não é nada, não, estava só pensando... , respondeu o menino.
Passaram-se alguns minutos, e o menino voltou ao assunto, quando o pai já se preparava para entrar no banho.
- Pai, você me empresta três reais?
Preocupado e tenso por problemas no trabalho, o pai respondeu: - Por que você não disse logo que queria dinheiro? Para que vir com essas perguntas bobas? Não percebeu que eu só quero descansar? Enfim, se é para me livrar de aborrecimentos, toma logo aqui o dinheiro que você precisa, e vai ver televisão, porque tenho que tomar banho e jantar.
Algum tempo depois, já mais relaxado, o pai voltou a perguntar ao filho, que cochilava no sofá:
- Mas por que é mesmo que você me pediu esse dinheiro?
- É que eu tinha juntado cinco reais, e com os três que você me emprestou fico com oito, e posso pedir que você chegue uma hora mais cedo para brincar comigo...
É apenas uma história à toa, essa com que começo esse texto. Mas também é verdade que desejo refletir, nesse dia dos pais, especialmente com aqueles que não têm tempo para os filhos. Pais têm tempo para tanta coisa, são tantas as preocupações, sobra tanto mês no fim do dinheiro que mal dá tempo para olhar para os filhos. Não estou dizendo ver, porque para ver basta ter olhos sadios, estou me referindo a olhar, ver além das aparências, prestar atenção.
Apesar de, com maior ou menor freqüência, dizerem que amam os filhos, muitos pais acreditam não ter tempo suficiente para vê-los crescendo, ajudá-los a crescer de forma saudável e feliz. Pensam, muitos pais, que sua maior missão é trabalhar para que nada falte aos seus filhos; então, por esse motivo trabalham ano após ano, horas extras, feriados e domingos, para que possam suprir a casa e as crianças com tudo o que, talvez, lhes tenha faltado na sua própria infância. O que fica esquecido, porém, é que nem sempre os filhos precisam de todas as coisas materiais que os pais acreditam que eles necessitem... eles apenas precisam de um abraço, uma história antes de dormir. Eles precisam mais de uma companhia para jogar futebol que de um campo de futebol inteiro dentro de casa, e um pai que não tem tempo para jogar com os filhos.
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