sábado, 27 de agosto de 2011

Dia 26 de Agosto.


Dia Internacional da Igualdade Feminina


No Brasil, desde meados da década de 1980, foram criados: delegacias especiais de atendimento à mulher, centros de saúde para dar atenção a mulheres vítimas de violência física e abrigos destinados a mulheres que sofrem violência doméstica.


O Brasil nunca teve uma lei específica que assegurasse à mulher as garantias contra os abusos cometidos em função de sua condição feminina. As diversas Constituições brasileiras revelam o crescimento pelo respeito às mulheres, na medida em que estas foram se fazendo presentes, de forma cada vez mais marcante na sociedade, até atingir o nível atual de igualdade de direitos e deveres legais entre homens e mulheres.


Desde a Independência, em 1822, o país consolidou sete Constituições, entre 1824 e 1988. A primeira, de 1824, é omissa quanto à mulher. Nela prevalecia a vontade masculina; os direitos sociais estavam voltados, exclusivamente, para o homem. A mulher não tinha direito ao voto, muito menos a se candidatar a um cargo público ou a um mandato eletivo, por exemplo. Não possuía direito trabalhista específico, nem proteção a sua condição feminina. Entretanto, com a Constituição Federal de 1988, consolidou-se a igualdade entre os sexos, a proibição de distinções de qualquer natureza, dentre outras vantagens para as mulheres. Como principais avanços relacionados diretamente à mulher, destaca-se o inciso I do art. 5o, que consagrou o sonho de igualdade de direitos e deveres de todas as pessoas, independentemente de cor, raça, sexo etc.: "I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta Constituição".


É com base nessa Carta Maior que estão apoiadas todas as leis vigentes no Brasil, sobretudo a lei n? 10.872, de 10/9/2001, publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo, em 11/9/2001, estabelece medidas que asseguram a igualdade feminina, vedando sua discriminação e dando providências sobre seu não-cumprimento.


Desde a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, adotada pela resolução no 34/180, assinada pela Assembléia Geral da ONU, em 18/12/1979, o movimento feminista internacional deu visibilidade à violência praticada contra a mulher ao longo dos anos e a tornou pública para todo o mundo na Conferência Mundial dos Direitos Humanos, em Viena, em 1993, quando a ONU declarou que "os direitos das mulheres são direitos humanos" e que "a violência contra a mulher constitui um obstáculo ao desenvolvimento e um atentado aos direitos humanos".


Dessa maneira, e ainda mais pressionados pelos movimentos feministas internacionais, os países passaram a nomear, viabilizar, denunciar e propor políticas para a eliminação da violência contra a mulher.


No Brasil, desde meados da década de 1980, foram criados: delegacias especiais de atendimento à mulher, centros de saúde para dar atenção a mulheres vítimas de violência física e abrigos destinados a mulheres que sofrem violência doméstica. A manutenção desses serviços, porém, exige um esforço permanente do movimento de mulheres junto ao Estado e à sociedade internacional, visto que as sociedades machistas resistem aos novos valores.

domingo, 14 de agosto de 2011

CRÔNICA PARA O DIA DOS PAIS!

Ao que tudo indica, o Dia dos Pais tem uma origem bem semelhante ao Dia das Mães, e em ambas as datas a idéia inicial foi praticamente a mesma: criar datas para fortalecer os laços familiares e o respeito por aqueles que nos deram a vida.

Diz a lenda que em 1909, nos Estados Unidos, Sonora Louise Smart Dodd, filha do veterano da guerra civil, John Bruce Dodd, ao ouvir um sermão dedicado às mães, teve a idéia de celebrar o Dia dos Pais, pois ela queria homenagear seu próprio pai.

Sonora, que já era adulta decidiu então, em 1910 enviar uma petição à Associação Ministerial de Spokane, uma pequena cidade americana e lançou, simultaneamente, uma campanha com o apoio da Entidade de Jovens Cristãos da cidade, que durou até ela ganhar a causa.

Assim, em homenagem ao pai de Sonora, o primeiro Dia dos Pais norte-americano foi comemorado em 19 de junho daquele ano, data do aniversário de seu pai. A partir daí a comemoração se espalhou da cidade de Spokane para todo o estado de Washington.

Em 1924 o presidente Calvin Coolidge, apoiou a ideia de um Dia dos Pais nacional e, finalmente, em 1966, o presidente Lyndon Johnson assinou uma proclamação presidencial declarando o terceiro domingo de junho como o Dia dos Pais.

Quem trouxe o conceito do Dia dos Pais para o Brasil foi o publicitário Sylvio Bhering, e o dia foi festejado pela primeira vez em um 14 de agosto, assim como hoje, só que em 1953.

A data foi “ajustada” para o 2º domingo de agosto por motivos comerciais, quando todos fazem uma comemoração especial. 



DIA DOS PAIS, TEMPO PARA FILHOS, por MARIA RITA LEMOS 
Conta a lenda que, certa vez, um pai chegou do trabalho tarde, cansado e irritado, quando seu filho de 5 anos perguntou: 

- Pai, quanto você ganha por hora de trabalho? 

- Mais ou menos oito reais por hora, se considerar o salário mensal. Mas por que essa pergunta? 

- Não é nada, não, estava só pensando... , respondeu o menino. 

Passaram-se alguns minutos, e o menino voltou ao assunto, quando o pai já se preparava para entrar no banho. 

- Pai, você me empresta três reais? 

Preocupado e tenso por problemas no trabalho, o pai respondeu: - Por que você não disse logo que queria dinheiro? Para que vir com essas perguntas bobas? Não percebeu que eu só quero descansar? Enfim, se é para me livrar de aborrecimentos, toma logo aqui o dinheiro que você precisa, e vai ver televisão, porque tenho que tomar banho e jantar. 

Algum tempo depois, já mais relaxado, o pai voltou a perguntar ao filho, que cochilava no sofá: 

- Mas por que é mesmo que você me pediu esse dinheiro? 

- É que eu tinha juntado cinco reais, e com os três que você me emprestou fico com oito, e posso pedir que você chegue uma hora mais cedo para brincar comigo... 

É apenas uma história à toa, essa com que começo esse texto. Mas também é verdade que desejo refletir, nesse dia dos pais, especialmente com aqueles que não têm tempo para os filhos. Pais têm tempo para tanta coisa, são tantas as preocupações, sobra tanto mês no fim do dinheiro que mal dá tempo para olhar para os filhos. Não estou dizendo ver, porque para ver basta ter olhos sadios, estou me referindo a olhar, ver além das aparências, prestar atenç
ão. 

Apesar de, com maior ou menor freqüência, dizerem que amam os filhos, muitos pais acreditam não ter tempo suficiente para vê-los crescendo, ajudá-los a crescer de forma saudável e feliz. Pensam, muitos pais, que sua maior missão é trabalhar para que nada falte aos seus filhos; então, por esse motivo trabalham ano após ano, horas extras, feriados e domingos, para que possam suprir a casa e as crianças com tudo o que, talvez, lhes tenha faltado na sua própria infância. O que fica esquecido, porém, é que nem sempre os filhos precisam de todas as coisas materiais que os pais acreditam que eles necessitem... eles apenas precisam de um abraço, uma história antes de dormir. Eles precisam mais de uma companhia para jogar futebol que de um campo de futebol inteiro dentro de casa, e um pai que não tem tempo para jogar com os filhos. 

sábado, 13 de agosto de 2011

Dai 13 de Agosto dia do Economista.




Neste mês de agosto comemoramos mais um ano de existência da categoria profissional de Economista.
Já se vão anos de ensino, pesquisa e atuação da nossa categoria na sociedade brasileira na procura incansável, não por todos, de soluções para população brasileira de um país justo, igualitário para que todos tenham uma vida digna.
Nós economistas, de posse de todo um aparato científico procuramos soluções, ou melhor, viabilizar alternativas transformadoras para nós brasileiros. Muitas vezes, mal-entendidos, às vezes alguns com arrogância, se acham “donos” do saber e das soluções, embrenham-se pelos caminhos que os distanciam da sociedade e acabam nos braços dos detentores do poder político econômico – a classe dominante.
Temos em nossa ciência várias “escolas”, tendências de pensamento, que açambarcam os currículos das Faculdades encontrando guarida no meio acadêmico – lugar profícuo para a sua disseminação e aperfeiçoamento.
São muitos os pensadores que influenciaram e influenciam o desenvolvimento da ciência econômica, seria exaustivo enumerá-los; mas, como referências principais destacaríamos: Adam Smith, David Ricardo e Karl Marx, sendo que Marx colocou a economia política desenvolvida principalmente por Ricardo, num patamar bem mais alto, refletindo um pensamento crítico e transformador, subvertendo assim, toda a ciência econômica. Outros vieram, mas não marcaram nem marcarão com tanta ênfase a ciência econômica como estes três “economistas”.
Somos detentores de um saber, ou melhor, pretendemos sê-lo, pois as visões de mundo que imperam na ciência econômica trazem consigo uma avalanche de pensamentos, diretrizes, modo de utilização dos “mecanismos” teóricos que aprendemos e desenvolvemos os quais são utilizados tanto no espaço acadêmico como na vida real.
Seria bom que neste mês de agosto todos nós economistas parássemos um pouco para refletir não só sobre a nossa profissão, mas o que estamos fazendo com os conhecimentos que ela nos proporciona.
Profissão de valor, todas as profissões tem o seu valor, tem a sua importância na sociedade, não resta dúvida a nossa é marcante, pois lida, através dos conhecimentos adquiridos, com problemas cruciais da sociedade em que decisões econômicas governamentais interferem profundamente na vida de todos os cidadãos e em todas as bases nas quais se assentam as estruturas econômicas de um Estado-Nação.
Portanto, os princípios que norteiam e devem nortear a atuação da nossa categoria profissional é a busca incansável por uma sociedade fundada em princípios igualitários, justos e permeada de um humanismo revolucionário e transformador do homem e das estruturas econômicas existentes. Procurar isto, na nossa profissão, já é um passo importante no sentido da construção de uma sociedade profundamente democrática apoiada em princípios éticos, humanizadores, na qual a referência principal é o bem-estar da população brasileira e, por que não, mundial.
Ari de Oliveira Zenha
Fonte: www.portaldoeconomista.org.br
O povo inventa dia para tudo...então lá vamos nós....dia 13 de agosto.

13 de Agosto

Superstições - Agosto vocação contra o azar
Agosto é o mês por excelência da Pastoral Vocacional. Por outro lado, a mentalidade mágica faz dele o mês do azar. E quando o dia 13 desse mês coincide com a sexta-feira, ele fica ainda mais azarado.( ainda bem que não foi caso neste ano de 2011, caiu num sábado)
Muitos noivos deixam de se casar em agosto, não por mero costume social, mas porque acreditam mesmo no azar. Por esta palavra entendo as superstições e crendices de todo o tipo e não qualquer insucesso casual. Muitas pessoas acreditam de fato numa força oculta e misteriosa que traz a má sorte. Por isso, decisões, opções, negócios e comportamentos ficam sujeitos ao pensamento mágico.
Em coisas importantes, como é o casamento, e em coisas banais, como é passar por baixo de uma escada aberta ou cruzar com um gato preto. O arsenal de superstições e crenças não tem fim: figas e amuletos jogo de búzios e cartas de taro, despachos e mau olhado ou "olho gordo", horóscopos e cartomantes, magia e feitiçaria.
Costumam misturar-se com a religião e, mesmo se ficam de fora, dificultam uma prática religiosa honesta. Santo Tomás de Aquino assim definiu as superstições: "prestar culto divino a quem não se deve prestar, ou como não se deve prestar". Exemplos? As "orações fortes"; as adivinhações; os benzimentos.
Em sua pureza integral, a religião não é questão de sentimentos e emoções subjetivas, nem medo de forças ocultas misteriosas ou um destino cego. Uma verdadeira convicção religiosa empenha e enobrece a mais nobre faculdade do homem: a razão.
Ora, o simples fato de se dar valor às superstições e crendices revela a falta de lógica e também a falta de confiança em si, nos outros e, menos ainda, em Deus e em sua divina providência.Todo o tipo de superstição é uma espécie de covardia consigo mesmo.
E medo da própria responsabilidade. A grandeza, o poder, a liberdade da pessoa humana estão dentro dela. À medida que somos conscientes de nossa dignidade, distinguimos nossos direitos e deveres e cultivamos hábitos saudáveis para o corpo e o espírito. Aí seremos capazes de submeter ao "pente fino" do senso crítico os acontecimentos, a propaganda, a influência da mídia (Tv, Revistas, Rádio,Jornais).
Se não podemos decifrar o enigma da vida, podemos aprofundar cada vez mais nossa consciência vocacional: quem somos? De onde viemos, para onde vamos e para que servimos?
O mistério da vida revela-nos ao mesmo tempo nossa grandeza e nossa miséria. Mas a luz da fé em Cristo transforma nosso viver em "vocação cristã".Viver em Cristo! Viver como Cristo! Ele é para nós o "homem novo" e manifesta plenamente o homem ao próprio homem.
Na verdade, quanto mais viva a consciência vocacional, tanto mais útil, servidora, bonita e feliz será nossa passagem por este mundo. Não precisamos de horóscopos, numerologia, forças ocultas ou poderes fictícios. A vocação cristã é o sopro de Deus. É o alento de seu Espírito em nós.
Se nos chamou à vida é porque nos ama. Fez em cada um de nós um investimento especial para nos humanizarmos plenamente. Esta certeza é a grande força de nossos projetos, esperanças, trabalhos e lutas. Vocação e azar (superstições) se excluem: eis uma questão de fé!
Fonte: www.catequisar.com.br



Desde 2002, em todo dia 12 de agosto é comemorado o Dia Nacional da Juventude. O projeto determinando a data, de autoria da deputada Alcione Athayde (PSB-RJ), transformou-se na Lei 10.515/02, sancionada pelo ex-presidente da república. De acordo com a deputada, existem hoje no Brasil aproximadamente 35 milhões de jovens, com idade entre 15 e 24 anos.
A maior parte deles não tem acesso a bens como computadores, além de direitos básicos, como educação de qualidade e emprego. "Uma data em que se comemore o Dia da Juventude contribui para dar mais visibilidade ao problema e possibilitar o comprometimento de toda a sociedade com essa causa", avalia Alcione.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) define o jovem como aquele que se encontra na faixa entre os 15 e 24 anos. Já outros órgãos, como os do terceiro setor, preferem dar essa classificação às pessoas com idade entre 19 e 29 anos, separando-os dos adolescentes. São tantas as teses, livros e hipóteses sobre o assunto, que chegamos à conclusão de que o conceito é totalmente individual. Sendo assim, a sua juventude pode estar impressa nos dados do seu RG, nas rugas do seu rosto ou na sua postura perante os acontecimentos e fatos sociais.
Os jovens do mundo, que somam hoje mais de 1 bilhão, são um dos mais importantes recursos humanos para o desenvolvimento e podem ser agentes essenciais de inovação e de mudanças sociais positivas. No entanto, a dimensão da pobreza dos jovens priva o mundo desse potencial. Num mundo tão rico como o nosso quase um quinto das pessoas com idades compreendidas entre 15 e 24 anos têm de sobreviver com menos de um dólar por dia e quase metade vive com menos de dois dólares por dia.
Ainda que os jovens constituam um quarto da população ativa, representam metade do total de desempregados. O mercado de trabalho tem dificuldade em assegurar aos jovens empregos estáveis, que lhes ofereçam boas perspectivas, exceto quando são altamente qualificados. Sem um trabalho condigno, os jovens tornam-se particularmente vulneráveis à pobreza. Por sua vez, isso dificulta o acesso à educação e a serviços básicos de saúde, limitando ainda mais a sua empregabilidade.
A comunidade internacional já reconheceu a existência do fenômeno que os especialistas chamam de “juvenilização da pobreza” e considerou-o uma área prioritária no Programa de Ação Mundial para a Juventude. O documento considera os jovens como plenos parceiros, no contexto dos esforços em prol da erradicação da pobreza e da realização dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. O compromisso dos governos em relação às prioridades em matéria de desenvolvimento foi renovado e reforçado na Cúpula Mundial de 2005, que criou uma nova oportunidade de envolver os jovens nas decisões sobre questões que os afetam.
O desafio que enfrentamos é claro: devemos prestar mais atenção à educação e, em especial, à transição da educação para o emprego. E a possibilidade dos jovens conquistarem o pleno emprego produtivo deve ser uma meta fundamental das estratégias nacionais de desenvolvimento, incluindo as políticas de redução da pobreza. O triste quadro parece ter solução: cada vez mais os jovens estão se conscientizando de seu papel político e social. A ação dos jovens, sua inclusão e sua completa participação são chaves para o desenvolvimento do mundo atual. Coragem e determinação sempre foram características da juventude, por isso seguimos sempre adiante. Parabéns a toda juventude brasileira!
Fonte: write4.net


Dia Nacional da Arte!

12 de Agosto

A arte nasceu com o homem. Com a arte o homem conseguiu transformar o movimento em dança, o grito em canto, e reproduzir pela imagem e pelo gesto as coisas que sente e a emoção que contempla.
A presença da arte numa obra se nota quando através dela o artista nos comunica os seus temores, anseios e esperanças e quando ela estabelece uma relação profunda entre o homem e o mundo, exprimindo uma realidade interior mais intensa e não menos significativa do que a exterior que captamos através dos sentidos. Criar arte e amá-la foi privilegio de todos os povos, raças, crenças, épocas, meridianos e culturas.
Por tudo isso, e muito mais, as artes têm um valor imenso, inestimável em todo o mundo, e são ensinadas em todas as escolas públicas dos países desenvolvidos.
No Brasil, as artes (música, teatro, dança, etc.) só foram motivo de preocupação das autoridades ligadas à educação pública no século XX. As leis 4024 de l961, a 5692 de 1971 e a 9.394 de 1996 se preocuparam com o ensino da arte nas escolas e instituíram o ensino das quatro linguagens de artes (artes plásticas ou artes visuais, teatro, música, dança).
Com isto, acertaram plenamente, pois a meta principal do ensino da arte é: 1) o desenvolvimento do aluno nas quatro linguagens de artes; 2) o crescimento de sua autonomia e a capacidade inventiva, sempre levando em conta os valores e sentidos do seu universo cultural. No entanto, em todo este espaço de tempo, houve um descompasso entre a realidade das escolas e as inovações pretendidas pelas instâncias regulamentadoras.
O poder público que tem a tarefa de coordenar a política nacional de educação sempre deixou a desejar no que se refere ao investimento em políticas que priorizassem a formação do professor nas quatro linguagens da arte. Não investiu também no fornecimento de material de apoio e espaços de intimidade propícios à relação do aluno com as coisas e consigo mesmo. A arte precisa de um ambiente que impele à curiosidade, que leve o aluno a absorver do particular ao essencial, a descontrair para criar. É preciso valorizar os aspectos educativos contidos no universo da arte, porque ela contém em si muitos componentes pedagógicos.
Apesar das escolas públicas procurarem se adaptar à orientação da Lei 9.394 e com os Parâmetros Curriculares Nacionais, há deficiência no ensino da arte em quase todo o Brasil. Com isso, as atividades com as artes nas escolas públicas traduzem-se em técnicas de trabalhos artísticos em fundamentação teórica que apresente a arte enquanto linguagem contextualizada historicamente. Isto é grave porque atualmente muitas mudanças ocorreram na maneira de apreciar a arte.
Sua forma de expressão diversificou-se: ela está no filme, no anuncio de jornal, na TV, na publicidade, no desenho industrial. As artes visuais (artes plásticas, artes gráficas, vídeo, cinema, fotografia, arte de computador) indicadas pela Lei 9.394, as mais apreciadas atualmente, e mais úteis do ponto de vista econômico, não poderiam jamais deixar de ser ensinadas corretamente nas escolas públicas.
Fonte: portal.rpc.com.br



"O muro foi construído do dia para a noite e separou muitas famílias ao longo de Berlim"




Faz hoje 50 anos que o Muro de Berlim começou a ser construído. “Der Mauer” foi, durante 28 anos, uma lembrança demasiado real da divisão física provocada pela Guerra Fria. A Alemanha reunificada relembra o passado para sempre demasiado recente.



Imagine que, de um dia para outro, morando no Campo Pequeno, não podia visitar um irmão que habitasse no Campo Grande. A polícia colocou uma barreira de arame farpado entre as duas zonas e proibiu veículos e metros de viajarem entre os dois locais. Do outro lado só vê o irmão a acenar com um lenço e esta vai ser a única forma de contacto visual durante as próximas décadas. Já interiorizou o cenário? Já pensou no desgosto? Foi exactamente esta a imagem com que se depararam os berlinenses no dia 13 de Agosto de 1961.
Foi precisamente há 50 anos que um grupo de soldados da República Democrática Alemã (RDA) foi mobilizado para encerrar a fronteira. Começava assim a construção do Muro de Berlim. “Der Mauer” como é habitualmente referido pelos alemães.
“Niemand hat die Absicht, eine Mauer zu errichten!” (Ninguém tem a intenção de erigir um muro!), proclamava Walter Ulbricht líder da RDA no dia 15 de Junho de 1961. A afirmação tinha como objectivo tranquilizar os que viam indícios fortes que estava a ser preparada uma medida radical contra a saída da população em direcção a Berlim Ocidental.
Porém os responsáveis ocidentais sabiam que a divisão ia acontecer. Era inevitável que assim fosse, dada a sangria de população para o Ocidente, que já tinha recebido 3,5 milhões de alemães de Leste, correspondente a 20% da população. Mesmo assim, de tudo o que se imaginou que se pudesse passar, foram poucos os que conceberam que a solução residia na construção de um muro, literalmente.
Uma barreira de tijolo e cimento que enclausurou Berlim Ocidental e impediu a passagem da maioria dos cidadãos da parte Leste durante 28 anos.
Uma cidade dividida num país hostil
Após o término da Segunda Guerra Mundial, em 1945, as potências vencedoras (EUA, França, Reino Unido e União Soviética) dividiram a vencida Alemanha em quatro grandes zonas de ocupação. Além disso partilharam igualmente a capital, Berlim – que se encontrava no interior da zona soviética -, em quatro áreas distintas, dada a enorme importância da cidade.
A administração da cidade devia processar-se de forma harmoniosa mas os desentendimentos revelaram-se desde muito cedo, levando rapidamente a um extremar de posições entre os soviéticos e os restantes países. Num período de três anos, as zonas ocidentais tinham-se unido numa só e Estaline respondeu, ordenando o bloqueio total de Berlim ocidental.
O alívio só chegou à população com a organização da maior ponte aérea da história, para transportar bens essenciais à sobrevivência dos habitantes do território isolado. Contudo, qualquer esperança imediata de reunificação estava eliminada. A separação entre as duas Alemanhas e as duas Berlins ia-se tornar oficial.
Em 1949 formam-se a RDA (leste) e a República Federal Alemã (RFA), com Berlim a situar-se em pleno coração da RDA. A situação fez com que Berlim Ocidental continuasse a fazer parte do território da RFA, mesmo estando separada do resto do país, enquanto Berlim Leste se tornou capital da RDA.
Diferenças nas duas Alemanhas para além do nome
Entretanto, cada lado acentuava as ideias distintas sobre as cidades. Os ocidentais ajudaram financeiramente a RFA e, consequentemente, Berlim Ocidental, no âmbito do Plano Marshall de reconstrução da Europa. O dinheiro canalizado permitiu um enorme crescimento financeiro sustentado, conhecido coloquialmente como Wirtschaftswunder (milagre económico) que tornou rapidamente a RFA num dos países mais desenvolvidos da Europa e um membro fundador da Comunidade Económica Europeia.
Por outro lado, a RDA sofria com as exigências soviéticas de compensações pelos danos causados durante a Guerra e via-se numa situação económica muito débil. A liderança comunista mostrava-se completamente submissa perante a União Soviética e, como tal, começou a introduzir medidas coletivistas que motivaram grandes protestos no lado leste.
A existência de uma cidade modelo capitalista mesmo ao lado, aumentava ainda mais o sentimento de revolta em Berlim. Para piorar a situação e, ao contrário do que acontecia no resto do país, onde toda a fronteira estava fechada e protegida desde 1952, em Berlim ainda era permitida a circulação entre os dois lados. Ou seja, Berlim era um destino óbvio para quem quisesse desertar para o bloco ocidental. O número de pessoas que fugiam para o outro lado estava a subir cada vez mais.
A classe dirigente (nomenklatura) comunista não podia tolerar mais a humilhação de um êxodo massivo à vista de todos. Os dirigentes soviéticos pressionaram e a RDA não teve outra solução. Teria, literalmente, de se construir um muro para impedir a passagem.
Famílias separadas da noite para o dia
Foi então no dia 13 de Agosto de 1961 que tudo se processou com a rapidez de um relâmpago. Os guardas chegaram nas primeiras horas da madrugada e montaram uma estrutura espessa de arame farpado na fronteira de Berlim Leste, circundando toda a área de Berlim Ocidental. Entretanto, chegaram os trabalhadores que prontamente começaram a construir o muro.
Os habitantes nas redondezas foram bruscamente acordados pelo barulho das ordens e pelo latido dos cães que se gerou à volta da zona onde se começou a preparar todo o processo. Os que ficavam no percurso do muro foram prontamente expulsos de casa para a demolição das habitações onde residiam.
Ao raiar do dia, a fronteira já estava fechada. Os habitantes de Leste que queriam seguir para o seu trabalho na parte ocidental viram-se impedidos pelos guardas de patrulha da RDA, as redes de transporte público que continuavam a servir os dois lados foram interrompidas, enfim, transformou-se efetivamente uma cidade com centenas de anos de história, em duas zonas completamente distintas. O Muro começava a tomar forma no panorama da cidade e na mente dos habitantes. Tudo tinha mudado.
Designado de Antifaschistischer Schutzwall (Barreira de Proteção Anti-Fascista) pelas autoridades comunistas, afirmando que o país tinha que se defender de uma futura agressão da RFA, o muro foi continuamente fortalecido pela Alemanha da Leste, que foi aumentando a presença militar da polícia da fronteira.
Em 1989, ano em que foi derrubado, o muro consistia numa fronteira de 43 km entre as duas cidades e 112 km à volta de Berlim Ocidental. Metralhadoras, sistemas de alarme mais sofisticados e torres de vigia, entre outros, foram instalados ao longo dos anos. Mais tarde construiu-se um “segundo muro”, criando um terreno entre as duas estruturas que passou a ser conhecido como a “faixa da morte”.
Havia nove pontos de passagem legais entre os dois lados, com o mais conhecido a ser o Checkpoint Charlie, o único que permitia a passagem a cidadãos estrangeiros e que, dada sua proeminência em muitas histórias de espionagem, se tornou um marco e um símbolo do muro e da cidade.
A medida mereceu condenação imediata das instâncias internacionais e da reação indignada e fervorosa dos aliados ocidentais. Contudo, os EUA e os seus parceiros estavam de mão atadas, uma vez que uma reação militar contra uma numericamente superior presença soviética redundaria numa derrota e num novo conflito militar.
Mas isso não impediu reações fortes contra o “Muro da Vergonha”. Uma das mais famosas terá sido, porventura, a do Presidente Kennedy que, numa visita efetuada a Berlim Ocidental a 26 de junho de 1963, proferiu a famosa frase “Ich Bin ein berliner” (eu sou berlinense) uma vez que, nas palavras de Kennedy, “todos os cidadãos livres, onde quer que vivam, são cidadãos de Berlim”.
Tentar fugir era o pior crime da RDA
A falta de ação efetiva dos dirigentes ocidentais perante a separação de Berlim foi severamente criticada pelo então presidente da Câmara de Berlim, Willy Brandt, que afirmou mesmo que, mais que palavras, a cidade queria “ação política”. Assim, perante o facto consumado da construção, aos cidadãos de Leste que não se resignavam a única solução era fugir. Quebrar a barreira.
A tentativa de passar o muro foi considerada na RDA como um dos crimes mais graves do país. Designado de Republickflucht (literalmente, voar para fora da república) era um assunto tabu na Alemanha de Leste e tratado como uma traição ao Estado e à sua população.
Os soldados responsáveis por patrulhar a fronteira entre as duas cidades tinham ordem expressa para utilizar todos os meios necessários sobre qualquer pessoa que fosse avistada a tentar atravessar para o outro lado (Schießbefehl – ordem para matar). Ainda assim, a coragem não deixou os berlinenses de Leste.
Apesar da morte, a resistência permanecia firme
Nos 28 anos de existência do Muro estima-se que cerca de cinco mil pessoas tenham conseguido atravessar a estrutura com sucesso. Nos primeiros dias de construção, quando em certas zonas ainda só havia arame farpado, eram tão simples como saltar de casas próximas da fronteira (sobretudo na Bernauer Straße, onde a estrutura se situava ao longo da rua), atravessar com um carro a alta velocidade ou, simplesmente, em zonas menos protegidas, correr e passar para o outro lado.
De todas as fugas com sucesso, uma é particularmente famosa. Foi a de Conrad Schumann, um guarda fronteiriço da RDA que, apenas três dias após o início da construção do Muro e respondendo aos populares ocidentais que gritavam “Komm rüber!” (atravessa!) decidiu instantaneamente correr e dar um salto por cima do arame farpado sendo de imediato protegido pela polícia da RFA. O momento foi captado pelo fotógrafo Peter Leibing, cuja foto se tornou num dos ícones da Guerra Fria.
Porém, a crescente militarização e sofisticação da estrutura obrigaram a métodos cada vez mais elaborados para conseguir passar. Ficaram famosos os longos túneis que serpenteavam a estrutura, as passagens em balões de ar quente, pessoas escondidas em compartimentos secretos nas malas de carros, tentativas de passar a nado através do rio Spree, enfim, as formas mais distintas para fugir à opressão. No entanto, o sucesso não apaga as mortes que o Muro provocou.
De acordo com estimativas do Centro de Pesquisa da História Contemporânea, em Potsdam, o número de mortes relacionadas com a tentativa de atravessar o Muro de Berlim ascende a 136. A primeira vítima foi Ida Siekmann que morreu no dia 22 de Agosto de 1961 (nove dias após o início da construção do Muro) ao tentar saltar de um terceiro andar na Bernauer Straße. Uma contagem que só terminou a 6 de Fevereiro de 1989, quando o balão de Chris Gueffroy se despenhou, tornando-o na última vitima do Muro.
Apesar dos marcos históricos que constituem estas mortes, a vítima mais tristemente famosa do Muro terá sido Peter Fechter, um trabalhador da construção civil de 18 anos que, a 17 de Agosto de 1962, tentou atravessar o muro a pé com um amigo. Quando descobertos pelos guardas de Leste foram atingidos com tiros mas, enquanto o amigo conseguiu atravessar, Peter ficou a esvair-se em sangue perto do lado ocidental.
Perante os gritos de dor do jovem nenhum dos lados atuou para o ajudar, com medo de provocarem um enorme incidente diplomático. O episódio mereceu uma extensa cobertura dos media e tornou-se uma triste lembrança das consequências do muro.
Um muro que era muito mais que tijolo e cimento
À medida que os anos passaram o muro foi-se tornando cada vez mais uma realidade que os berlinenses tinham que aceitar relutantemente. Mas o descontentamento continuava a ser expresso. Ficaram famosas as partes grafitadas do lado de Berlim Ocidental com símbolos provocativos e as estruturas elevadas que permitiam subir e ver Berlim Leste e a desoladora “zona de ninguém” entre as duas componentes do Muro.
Porém os berlinenses e o mundo ocidental não se resignaram enquanto o “Muro da Vergonha” não veio abaixo. “Mr. Gorbachev tear down this wall” (Mr. Gorbachev deite abaixo este muro) proferiu o Presidente americano Ronald Reagan a 12 de Junho de 1987, em frente às portas de Brandenburgo, um dos símbolos de Berlim que se encontrava no meio da “terra de ninguém”.
Tal só aconteceu em novembro de 1989 quando a RDA anunciou que todos os cidadãos eram livres de visitar o lado ocidental. O enorme fluxo que se seguiu teve como consequência o fim da RDA, a reunificação da Alemanha e o fim do muro. Milhares de pessoas levaram martelos e, antes da demolição oficial, começaram a destruir o muro. A opressão do cimento não aguentou a democracia popular da picareta.
Berlim vivia uma euforia imensa e um dos momentos mais marcantes da libertação foi talvez a encenação do concerto “The Wall”, por Roger Waters, que juntou uma das maiores multidões de sempre (perto de 350 mil pessoas) para um concerto numa área que tinha ficado deserta devido ao muro (Potsdamer Platz). A música enquanto símbolo de uma nova era e da destruição do muro físico e do muro mental.
Passados 50 anos da construção e 22 da destruição, o Muro, que durante tanto tempo foi um símbolo omnipresente da Guerra fria, parece uma memória distante e cada vez mais um souvenir turístico que se despe do seu significado histórico e da crueldade que implicou. Porém, o sofrimento desnecessário que causou não deixa de estar na memória de muitos.
É precisamente nesse espírito que amanhã toda a Alemanha e Berlim celebram a construção do Muro com inúmeros eventos artísticos e simbólicos. Para não deixar esquecer o sofrimento e relembrar os que morreram em busca da liberdade. Passados 50 anos as palavras de Kennedy fazem hoje particular sentido. No dia 13 de Agosto de 2011, todo o mundo livre é cidadão de Berlim.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

11 de Agosto dia de Santa Clara

Santa Clara de Assis (em italianoSanta Chiara d'Assisi) nascida como Chiara d'Offreducci em Assis (Itália), no dia 16 de Julho de1194, e falecida em Assis, no dia 11 de Agosto de 1253, foi a fundadora do ramo feminino da Ordem Franciscana.
Segundo a tradição, o seu nome vem de uma inspiração dada à sua religiosa mãe, de que haveria de ter uma filha que iluminaria o mundo.
Pertencia a uma nobre família e era dotada de grande beleza. Destacou-se desde cedo pela sua caridade e respeito para com os pequenos, tanto que, ao deparar-se com a pobreza evangélica vivida por São Francisco de Assis, foi tomada pela irresistível tendência religiosa de segui-lo.
Enfrentando a oposição da família, que pretendia arranjar-lhe um casamento vantajoso, aos dezoito anos Clara abandonou o seu lar para seguir Jesus mais radicalmente. Para isto foi ao encontro de São Francisco de Assis na Porciúncula e fundou o ramo feminino daOrdem Franciscana, também conhecido por "Damas Pobres" ou Clarissas. Viveu na prática e no amor da mais estrita pobreza.
O seu primeiro milagre foi em vida, demonstrando a sua grande fé. Conta-se que uma das irmãs da sua congregação havia saído para pedir esmolas para os pobres que iam ao mosteiro. Como não conseguiu quase nada, voltou desanimada e foi consolada por Santa Clara que lhe disse: "Confia em Deus!". Quando a santa se afastou, a outra freira foi pegar no embrulho que trouxera e não conseguiu levantá-lo, pois tudo havia se multiplicado.
Em outra ocasião, aquando da invasão de Assis pelos sarracenos, Santa Clara apanhou o cálice com hóstias consagradas e enfrentou o chefe deles, dizendo que Jesus Cristo era mais forte que eles. Os agressores, tomados de repente por inexplicável pânico, fugiram. Por este milagre é que Santa Clara segura o cálice na mão.
Um ano antes de sua morte em 1253, Santa Clara assistiu a Celebração da Eucaristia sem precisar sair do seu leito. Neste sentido é que é aclamada como protetora da televisão.
Diversos episódios da vida de Santa Clara e São Francisco compõem os Fioretti de São Francisco. Escrito muito anos após a morte de ambos, é dificl atestar a correção destes relatos, mas, com certeza, retratam bem o espírito de ambos e os primeiros acontecimentos quando da criação das Ordens Franciscanas.