domingo, 27 de novembro de 2011

Muqueca de Peixe.

Ingredientes.


2Kg de badejo ou cação


Gotas de limão


1/2 colher de chá de sal


Pimenta do reino branca a gosto


3 pimentões vermelhos cortados em rodelas, sem sementes


1 Kg de tomates maduros e firmes, cortados em rodelas


5 cebolas de tamanho médio, cortadas em rodelas


2 colheres de sopa de coentro picado


Pimenta de cheiro a gosto


1 xícara de chá de óleo


250 ml de leite de coco ( 1 vidro pequeno )


Modo de Preparo.


Corte o peixe em postas grossas ( uns 2 dedos ) e
tempere com limão, sal e pimenta-do-reino. Deixe
descansar na geladeira por 1 hora. Também tempere e
reserve os camarões. 

Numa tigela, misture os pimentões com os tomates e as
cebolas. Acrescente o coentro, a salsa, a cebolinha e a
pimenta-de-cheiro. Misture bem, como se estivesse
fazendo uma salada. 

Coloque uma camada desta mistura no fundo da
moquequeira. Se não tiver moquequeira, faça o prato em
panela de barro, ou mesmo numa panela comum, de
diâmetro grande para não se acumularem muitas camadas.


Coloque então uma camada de peixe e camarões e outra de
salada. Assim sucessivamente. Termine com vegetais.
Regue com óleo e leve ao fogo lento por 30 minutos.

Desligue o fogo, tampe bem a moquequeira e deixe
descansar por umas 2 horas. Volte a moquequeira ao fogo
e, quando abrir fervura, adicione o leite de coco e o
dendê. 

Deixe no fogo mais 15 minutos. Verifique se o peixe
está no ponto e sirva com arroz branco.




5 colheres de sopa de azeite-de-dendê


1 moquequeira de barro

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

PICOLÉ DE ABACAXI COM CREME DE COCO.

  • 1 Lata(s) leite condensado
  • 1 Colher(es) de sopa manteiga
  • 1 Embalagem leite de coco
  • 50 Grama(s) coco ralado
  • 1 Embalagem creme de leite
  • 4 Unidade(s) picolés Fruttare Abacaxi
  • À gosto coco ralado queimado


Modo de preparo
 

  1. Em uma panela misture o leite condensado, a manteiga, o leite de coco e o coco ralado.
  2. Cozinhe em fogo médio até engrossar e soltar do fundo da panela. Espere amornar.
  3. Junte o creme de leite e misture até ficar homogêneo.
  4. Distribua o creme em 4 tigelas e leve a geladeira.
  5. Coloque o picolé Frutarre Abacaxi nas tigelas e polvilhe o coco ralado queimado.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Sob o chão da cidade


Sepultada por toneladas de terra e séculos de esquecimento, jaz no Centro antigo do Rio, uma dolorosa memória da escravidão. São os resquícios do Cemitério dos Pretos Novos, cimentados sob os bairros da Gamboa e da Saúde. Eles reaparecem aos poucos, em escavações, análises de ossos, dentes e objetos. Cada um deles revela um pouco mais de uma história que assombra pelas dimensões da crueldade e da ambição que trouxeram da África milhões de escravos para o Rio. Uma dessas análises foi concluída este ano e confirma a tese de que a cidade foi um dos maiores portos de entrada de escravos das Américas.
Pessoas escravizadas originárias de quase todas as partes da África chegavam ao Rio e daqui podiam ser levadas para o restante do país. Muitas não resistiam às condições desumanas da travessia do Atlântico ou do mercado de escravos do Rio e eram enterradas perto do porto. O termo enterro é, de fato, um eufemismo. Os corpos eram abandonados à decomposição ou queimados.
Nos anos 1990, alguns desses corpos foram encontrados durante a reforma de uma casa na Rua Pedro Ernesto, na Gamboa. Arqueólogos do Instituto de Arqueologia Brasileira fizeram ali em 1996 um resgate do que fora acidentalmente exposto, publicando depois os primeiros estudos. Mas foi só este ano que cientistas concluíram uma análise mais detalhada dos dentes e ossos. Um trabalho de detetive, com tecnologia moderna, para investigar um drama de quase 200 anos. Apoiada pelo CNPq e pela Faperj, a pesquisa reuniu cientistas da Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz), do Museu Nacional/UFRJ, do Laboratório Geochronos da UnB e da Universidade de Indiana, nos EUA.
— Há vestígios de 30 pessoas. Estão muito degradados — diz Sheila Mendonça, bioantropóloga da Ensp.
O DNA, de tão degradado, por enquanto nada revelou. Mas os pesquisadores recorreram a uma técnica diferente e menos conhecida pelo público. Chamada de análise de isótopos de estrôncio, ela mede a proporção desse elemento químico nos dentes. É uma espécie de DNA geoquímico. O estrôncio é um metal de nome estranho e características curiosas. Essas proporções são assinaturas geoquímicas que dependem das características das rochas de uma dada região.
— A análise do estrôncio do esmalte dos dentes permanentes, que são formados na infância e não se remodelam, revela um indício de onde viveu uma pessoa nos primeiros anos de vida — explica Ricardo Ventura Santos, coordenador do grupo, da Ensp e pesquisador do Setor de Antropologia Biológica do Museu Nacional.
A diversidade geológica na África compreende quase toda aquela existente no planeta. O estrôncio extraído dos dentes das pessoas enterradas no Cemitério dos Pretos Novos reflete essa diversidade planetária.
— As pessoas ali vieram de todas as partes da África. Nosso estudo reforça como o tráfico de escravos era uma prática espalhada pelo continente africano. Indica também as monumentais dimensões do tráfico realizado pelo porto do Rio — destaca Ventura.
O Cemitério dos Pretos Novos foi criado pelo Marquês do Lavradio em 1760. Por 70 anos, funcionou ali uma fábrica de horrores. O marquês se viu obrigado a abrir um novo cemitério depois que o porto de escravos foi transferido da Praça XV para o Valongo (atual Rua Camerino).
— Temos que levar em conta que nosso conceito moderno de cemitério não se aplica ao que existia àquela época. O Cemitério dos Pretos Novos consistia em um lugar cercado, onde os corpos eram queimados ou deixados insepultos. Covas eram abertas e corpos, empilhados — explica Sheila.
Os pesquisadores calculam que lá tenham sido enterradas, pelo menos, de 20 mil a 30 mil pessoas. O Cemitério dos Pretos Novos era o destino de muitos dos que já chegavam doentes. Ele podia ser avistado do porto e do mercado de escravos do Valongo, para horror dos cativos. O cemitério passou a receber os enterros antes destinados ao Largo de Santa Rita, em frente à Igreja de Santa Rita.
— Não existem estimativas da taxa de mortalidade dos escravos que chegavam ao porto, mas sabemos que deveria ser elevadíssima. Um dos aspectos importantes das pessoas enterradas lá reside no fato que, ao que tudo indica, apenas 5% das pessoas enterradas lá não eram escravas. Isso torna o Cemitério dos Pretos Novos o mais africano do Brasil — diz Sheila.
Ela, Ricardo e outros pesquisadores, incluindo Murilo Quintans Bastos e Roberto Ventura, da UnB, buscam pistas sobre as origens dessas pessoas mortas pouco após o desembarque. Com as histórias dos mortos esperam dar vida a um dos menos conhecidos capítulos da história da escravidão no Brasil.
Depois que o cemitério foi fechado (por motivos “sanitários” e legais, já que o tráfico de escravos foi proibido), a cidade começou a aterrar o pântano e a praia. Terra e areia cobriram os restos dos mortos e a memória. A Rua do Cemitério, por exemplo, hoje chamase Pedro Ernesto.
Até agora, nunca houve escavações contínuas na região dos Pretos Novos. O material analisado é resultado do trabalho da bioarqueóloga Lilia Cheuiche Machado, do IAB. Lilia observou que a maioria dos mortos era de homens jovens, inclusive crianças.
— Todo o material que analisamos vem de quatro buracos. Os ossos estavam misturados — analisa Sheila.
Das 30 pessoas, só duas estavam fora do padrão esperado. Um era um homem mais velho, que poderia viver no Rio há mais tempo, e outro talvez não fosse africano.
— Todos os demais eram africanos recém-chegados. Um dos aspectos que nos chamou a atenção foi encontrar dentes com sinais de polimento — observa Sheila.
O polimento é fruto de uma forma de higiene oral praticada por muitos povos africanos.
— Esse polimento era resultado da mastigação de plantas específicas, funcionava como pasta de dentes. Mas só há sinais da prática em recém-chegados. Depois, elas não tinham mais como limpar os dentes dessa forma e os sinais desapareciam. Alguns dos que analisamos possuíam sinais bem claros, indicando que deveriam ter chegado há pouco tempo — frisa Sheila.
Ao analisar marcas de polimento talvez seja possível identificar que espécies eram usadas, onde existiam e, assim, de onde veio a pessoa que as utilizavam. O trabalho continua. Mas será fundamental que escavações revelem mais restos mortais e busquem reconstruir outros dramas pessoais integrantes de um dos mais dolorosos momentos da história do Brasil.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/ciencia/um-drama-sob-chao-da-cidade-3273683#ixzz1eL74rRZQ
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domingo, 20 de novembro de 2011

Clipe - Consciência Negra - O Brasil é isso aí

Vazamento de óleo está na rota de baleias e golfinhos, alerta Minc.

O secretário estadual do Ambiente do Rio de Janeiro, Carlos Minc, disse  (17/11/2011) que acompanha com preocupação os desdobramentos do vazamento de petróleo no Campo de Frade, na Bacia de Campos, norte do estado do RJ. A responsabilidade pela exploração da área é da empresa Chevron Brasil Upstream.



De acordo com Minc, a região faz parte da rota migratória de baleias, como a jubarte, e golfinhos, que podem ser prejudicados.
“Estamos realmente preocupados. Nesta época do ano, esses animais vêm do norte para o sul em busca de local para reprodução e de um tipo de camarão, do qual eles se alimentam. Além disso, há um fenômeno natural chamado corrente rotor, que é perto da região do acidente e que, como um liquidificador, leva o que chega ali para perto de Arraial do Cabo e de Búzios [municípios do litoral norte do estado do Rio]”, explicou ele.
O secretário informou que vai sobrevoar a região amanhã (18), em um helicóptero da Marinha, e que três equipes do governo estadual monitoram o litoral norte fluminense para identificar manchas de óleo que possam ter sido trazidas pelas correntes marítimas.
Carlos Minc também disse que os impactos do vazamento reforçam a necessidade de que sejam mantidas as regras atuais de distribuição dos royalties do petróleo apenas para os estados e municípios produtores, como forma de garantir a compensação por danos ambientais. “Se esse óleo chegar à praia não vai chegar a Rondônia ou ao Tocantins, mas a Arraial do Cabo, a Rio das Ostras e a Campos dos Goytacazes”, disse ele, que participou, esta manhã, de uma solenidade do Programa de Aceleraçãodo Crescimento (PAC) na Baixada Fluminens.

Perigos das doenças infecciosas para os cachorros e seus donos.


Depois de um dia longe de casa e da saudade do seu companheiro de todas as horas, a alegria extravasa. Mas se o cão esteve em contato com outros animais, ainda que num passeio pela pracinha, é importante certificar-se de que ele está livre de doenças infecciosas. Muito comum, a tosse canina, a erliquiose e a leptospirose são doenças transmissíveis, que põem a saúde do animal, e às vezes a do dono, em risco. Por isso, segue a listinha, feita pela Vetnil, sobre as doenças, seus sintomas e o que fazer para tratá-las.
Meu cachorro está com tosse
Este é o sintoma de uma infecção respiratória bastante comum. Quando muitos cães são mantidos em um mesmo espaço físico, como canis, abrigos e mesmo lojas, a transmissão é mais propícia. Conhecida como tosse canina ou tosse dos canis, a traqueobronquite prejudica o sistema respiratório, produzindo crises de tosse.
A infecção, cuja responsável é uma bactéria, a Bordetella bronchiseptica, acomete animais de todas as faixas etárias, principalmente os filhotes recém desmamados e adultos com baixa imunidade. Os sintomas aparecem normalmente entre o quinto e o décimo dia após a transmissão e vão de uma tosse seca e repetida a descarga de secreções e a presença de febre.
Além da prevenção, que inclui uma dieta balanceada e vacina contra a gripe canina, o tratamento requer repouso e antibióticos.
Tem carrapato no meu cão
Erliquiose é uma doença bastante comum em cães e pode ser transmitida por carrapatos. O carrapato Rhipicephalus sanguineus é o transmissor do agente Erhlichia canis, bactéria que afeta as células sanguíneas. A doença pode ocorrer durante todo o ano, porém nas épocas mais quentes observa-se uma incidência maior da doença, devido a uma maior proliferação dos carrapatos.
Dentre os principais sintomas nos cães doentes estão falta de apetite, perda de peso, febre, sangramentos e o desenvolvimento de anemia grave, que pode ser verificada pela palidez das mucosas do animal. O período de incubação varia entre uma e três semanas e o diagnóstico se baseia na suspeita clínica, confirmada por exame de sangue.
O não tratamento da enfermidade pode causar a morte do animal. Os casos clínicos, devidamente monitorados pelo médico veterinário, costumam ser bem-sucedidos e resultar na cura dos cães, na maioria dos casos. A prevenção se dá pelo controle das infestações de carrapatos no cachorro e pela higienização do ambiente.
A campeã em popularidade
A leptospirose, uma doença infecciosa bastante conhecida, é uma zoonose, isto é, pode ser transmitida dos animais para aos humanos. A transmissão se dá por meio do contato com a urina de ratos infectados e pela ingestão de água e alimentos contaminados. Os sintomas mais evidentes são icterícia (mucosas amareladas), febre, dor muscular, falta de ânimo e com a evolução do processo, o cão pode apresentar diferentes graus de comprometimento renal.
O tratamento da doença requer o uso de antibióticos e a hospitalização do pet infectado, inclusive como garantia de que não haja transmissão para o homem. Mesmo depois de tratado, o cão pode ser portador da leptospirose por até um ano. Por isso é indispensável o acompanhamento do médico veterinário, inclusive para aconselhamento no trato do animal para evitar infecções posteriores à sua recuperação.

Fonte: Ana Maria Braga.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

1º de Novembro dia de Todos os Santos.

 Enciclopédia Católica define o Dia de Todos os Santos como uma festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses — a Maria e a todos os mártires. Markale comenta: “Os deuses romanos cederam seu lugar aos santos da religião vitoriosa.”
A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 DC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. Não se sabe ao certo por que ele fez isso, mas pode ter sido porque já se comemorava um feriado parecido, na mesma data, na Inglaterra. The Encyclopedia of Religion(Enciclopédia da Religião) afirma: “O Samhain continuou a ser uma festa popular entre os povos celtas durante todo o tempo da cristianização da Grã-Bretanha. A Igreja britânica tentou desviar esse interesse em costumes pagãos acrescentando uma comemoração cristã ao calendário, na mesma data do Samhain. . . . É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.”
Markale menciona a crescente influência dos monges irlandeses em toda a Europa naquela época. De modo similar, a New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) afirma: “Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835 DC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal.
O feriado do Dia de Finados, no qual as pessoas rezam a fim de ajudar as almas no purgatório a obter a bem-aventurança celestial, teve sua data fixada em 2 de novembro durante oséculo 11 pelos monges de Cluny, na França. Embora se afirmasse que o Dia de Finados era um dia santo católico, é óbvio que, na mente do povo, ainda havia muita confusão. A New Catholic Encyclopedia (Nova Enciclopédia Católica) afirma que “durante toda a Idade Média era popular a crença de que, nesse dia, as almas no purgatório podiam aparecer em forma de fogo-fátuo, bruxa, sapo, etc.”
Incapaz de desarraigar as crenças pagãs do coração do seu rebanho, a Igreja simplesmente as escondeu por trás de uma máscara “cristã”. Destacando esse fato, The Encyclopedia of Religion (Enciclopédia da Religião) diz: “A festividade cristã, o Dia de Todos os Santos, é uma homenagem aos santos conhecidos e desconhecidos da religião cristã, assim como oSamhain lembrava as deidades celtas e lhes pagava tributo...
Na Igreja Católica, o dia de "Todos os Santos" é celebrado no dia 1 de novembro e o de "Finados" no dia 2 de novembro. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas oraçõesmissas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao facto frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paroquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registo (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu emAntioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais.
Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial namissa).


Intenção catequética da festividade

Segundo o ensinamento da Igreja, a intenção catequética desta celebração que tem lugar em todo o mundo, ressalta o chamamento de Cristo a cada pessoa para o seguir e ser santo, à imagem de Deus, a imagem em que foi originalmente criada e para a qual deve continuar a caminhar em amor. Isto não só faz ver que existem santos vivos (não apenas os do passado) e que cada pessoa o pode ser, mas sobretudo faz entender que são inúmeros os potenciais santos que não são conhecidos, mas que da mesma forma que os canonizados igualmente vêem Deus face a face, têm plena felicidade e intercedem por nós. O Papa João Paulo II foi um grande impulsionador da "vocação universal à santidade", tema renovado com grande ênfase no Segundo Concílio do Vaticano.
Nesta celebração, o povo católico é conduzido à contemplação do que, por exemplo, dizia o Cardeal Beato John Henry Newman: não somos simplesmente pessoas imperfeitas em necessidade de melhoramentos, mas sim rebeldes pecadores que devem render-se, aceitando a vida com Deus, e realizar isso é a santidade aos olhos de Deus.

[editar]Citações do Catecismo da Igreja Católica

957. comunhão com os santos. «Não é só por causa do seu exemplo que veneramos a memória dos bem-aventurados, mas ainda mais para que a união de toda a Igreja no Espírito aumente com o exercício da caridade fraterna. Pois, assim como a comunhão cristã entre os cristãos ainda peregrinos nos aproxima mais de Cristo, assim também a comunhão com os santos nos une a Cristo, de quem procedem, como de fonte e Cabeça, toda a graça e a própria vida do Povo de Deus.
Cquote1.svg«A Cristo, nós O adoramos, porque Ele é o Filho de Deus;
quanto aos mártires, nós os amamos como a discípulos e imitadores do Senhor;
e isso é justo, por causa da sua devoção incomparável para com o seu Rei e Mestre.
Assim nós possamos também ser seus companheiros e condiscípulos!».
Cquote2.svg
Martyrum sancti Polycarpi 17, 3: SC 10bis, 232 (FUNK 1, 336).

1173. Quando a Igreja, no ciclo anual, faz memória dos mártires e dos outros santos, «proclama o mistério pascal» realizado naqueles homens e mulheres que «sofreram com Cristo e com Ele foram glorificados, propõe aos fiéis os seus exemplos, que a todos atraem ao Pai por Cristo, e implora, pelos seus méritos, os benefícios de Deus» .
2013. «Os cristãos, de qualquer estado ou ordem, são chamados à plenitude da vida cristã e à perfeição da caridade» . Todos são chamados à santidade: «Sede perfeitos, como o vosso Pai celeste é perfeito» (Mt 5, 48):
«Para alcançar esta perfeição, empreguem os fiéis as forças recebidas segundo a medida em que Cristo as dá, a fim de que [...] obedecendo em tudo à vontade do Pai, se consagrem com toda a alma à glória do Senhor e ao serviço do próximo. Assim crescerá em frutos abundantes a santidade do povo de Deus, como patentemente se manifesta na história da Igreja, com a vida de tantos santos.


Pão-por-Deus

Em Portugal, no dia de Todos-os-Santos as crianças saem à rua e juntam-se em pequenos bandos para pedir o pão-por-deus de porta em porta. As crianças quando pedem o pão-por-deus recitam versos e recebem como oferenda: pão, broas, bolos, romãs e frutos secos, nozes, amêndoas ou castanhas, que colocam dentro dos seus sacos de pano. É também costume em algumas regiões os padrinhos oferecerem um bolo, o Santoro. Em algumas povoações chama-se a este dia o ‘Dia dos Bolinhos’.
Esta tradição teve origem em Lisboa em 1756 (1 ano depois do terramoto que destruiu Lisboa). Em 1 de Novembro de 1755 ocorreu o terramoto que destruiu Lisboa, no qual morreram milhares de pessoas e a população da cidade, que era na sua maioria pobre, ainda mais pobre ficou.
Como a data do terramoto coincidiu com uma data com significado religioso (1 de Novembro), de forma espontânea, no dia em que se cumpria o primeiro aniversário do terramoto, a população aproveitou a solenidade do dia para desencadear, por toda a cidade, um peditório, com a intenção de minorar a situação paupérrima em que ficaram.
As pessoas, percorriam a cidade, batiam às portas e pediam que lhes fosse dada qualquer esmola, mesmo que fosse pão, dado grassar a fome pela cidade. E as pessoas pediam: "Pão por Deus".
Esta tradição perpetuou-se no tempo, sendo sempre comemorada neste dia e tendo-se propagado gradualmente a todo o país.
Até meados do séc. XX, o "Pão-por-Deus" era uma comemoração que minorava as necessidades básicas das pessoas mais pobres (principalmente na região de Lisboa). Noutras zonas do país, foram surgindo variações na forma e no nome da comemoração. A designação indicada acima (Dia dos Bolinhos) em Lisboa nunca foi utilizada, nem era sequer conhecido este nome.
Nas décadas de 60 e 70 do séc. XX, a data passou a ser comemorada, mais de forma lúdica, do que pelas razões que criaram a tradição e havia regras básicas, que eram escrupulosamente cumpridas:
  • Só podiam pedir o "Pão-por-Deus", crianças até aos 10 anos de idade (com idades superiores as pessoas recusavam-se a dar).
  • As crianças só podiam andar na rua a pedir o "Pão-por-Deus" até ao meio-dia (depois do meio-dia, se alguma criança batesse a uma porta, levava um "raspanete", do adulto que abrisse a porta).
A partir dos anos 80 a tradição foi gradualmente desaparecendo e, actualmente, raras são as pessoas que se lembram desta tradição.
Até a comunicação social, contribui para o empobrecimento da memória coletiva. Neste dia todas as estações de TV, Rádio e jornais, falam no Halloween, ignorando completamente o "Pão-por-Deus".
Embora não advoguem a crença no purgatório, há igrejas protestantes que também guardam o Dia de Finados. Com efeito, é o terceiro dentre três dias consecutivos que a cristandade considera como tendo relação especial com os mortos. O dia antes, 1.° de novembro, é o Dia de Todos os Santos, em honra às almas dos “santos”, que se pensa já terem chegado ao céu. E o dia anterior, 31 de outubro, é chamado “Halloween” (em inglês) ou Véspera de Todos os Santos, e seu nome em inglês se deriva de ser a véspera do “Dia de Todos os Hallows [Santos]”.
“Halloween”, também, tem relação com os mortos. No calendário dos antigos celtas, 31 de outubro era a Véspera do Ano Novo. Os celtas, junto com seus sacerdotes, os druidas, criam que, na véspera do ano novo, as almas dos mortos perambulavam pela terra. Sustentava-se que alimentos, bebidas e sacrifícios podiam apaziguar tais almas perambulantes. Também, “halloween” incluía fogueiras para expulsar os maus espíritos.
A respeito das fogueiras nessa época do ano, lemos em Curiosities of Popular Customs (Curiosidades dos Costumes Populares): “Usavam-se também fogueiras em diferentes horas e lugares, na Noite de Todos os Santos, que é a véspera do Dia de Finados, e no próprio Dia de Finados, o 2 de novembro. Nestes casos, as fogueiras eram consideradas como típicas da imortalidade, e imaginava-se serem eficazes, como sinal exterior e visível, pelo menos, para iluminar as almas [isto é, ajudá-las a libertar-se] do purgatório.”